A hipertensão arterial é uma doença crônica determinada por elevados níveis pressóricos, fazendo com que o coração exerça maior esforço do que o necessário para fazer que o sangue circule através dos vasos sanguíneos. Existem dois tipos de hipertensão, uma chamada de hipertensão secundária, que pode ser causada por problemas físicos, como distúrbios hormonais ou renais.

Outra chamada de hipertensão essencial, sendo sua etiologia multifatorial podendo estar relacionada a hábitos de vida. Assim a identificação dos chamados fatores de risco é de suma importância . O estresse é um desses fatores de risco.

A terminologia “Stress” apareceu pela primeira vez em 1926. E foi definido como um desgaste geral do organismo. As pessoas apresentavam sintomas como perda de apetite, elevação da pressão arterial, desânimo e fadiga. O estresse é uma reação do organismo que ocorre quando há necessidade de se lidar com situações que exijam um grande esforço emocional para serem superadas. A resposta ao estresse prepara o nosso corpo para situações difíceis. A pressão arterial sobe, a respiração acelera, o coração bate mais rápido e os músculos ficam mais tensos; ocorre também liberação de alguns hormônios, como cortisol, dopamina, adrenalina entre outros.

Uma vez passado o “perigo” ou estímulo intenso, o corpo pode relaxar e procurar novas forças. Aí que acontece o grande problema! Quando essas situações de estresse se tornam constantes e os mecanismos de relaxamento escassos, criamos uma situação propícia ao adoecimento.

O que causa estresse?

Doenças, desemprego, acidentes, brigas ou desentendimentos, dificuldades no dia-a-dia, perdas importantes, mudanças mesmo que positivas mas que ocorrendo juntas levam ao estresse. Existe também o que chamamos de fontes internas de estresse; como os sentimentos e pensamentos, a maneira particular de reagir às situações, esses tem um efeito ainda maior no organismo, não só por ser uma fonte estressora mas também por muitas vezes ser o responsável por dificultar os mecanismos de relaxamento. O modo como a pessoa pensa afeta o modo como ela sente, e por outro lado, afeta como reage as situações de vida. Ou seja, se uma pessoa pensa que não importa onde trabalhe, sempre será injustiçada, vai mudar de emprego a vida toda, mas sempre se sentirá injustiçada, e agirá de forma a refletir isso. Já, se alguém se achar capaz e competente, agirá desta forma. Sentimentos de raiva e expressão intensa destes, podem elevar consideravelmente a pressão. Portanto precisamos aprender a pensar de modo mais positivo e saudável.

Como aprender a controlar o estresse e, consequentemente, combater a hipertensão?

  • Tenha uma alimentação saudável, com prato colorido, rico em fibras, verduras, legumes e frutas.
  • Tentando evitar excesso de chocolate, açúcar, café.
  • Pratique atividade física, sempre com avaliação médica e acompanhamento de um profissional de educação física. Durante a atividade física o corpo libera hormônios que ajudam na regulação do estresse.
  • Tenha momentos de relaxamento, o ponto chave que já mencionei aqui, durante o relaxamento tanto o corpo quanto a mente encontra espaço para se livrar das tensões do dia-a-dia. Esta atividade precisa ser regular, ou seja, todos os dias encontrar momentos de prazer. Não existe receita para relaxar, cada um precisa identificar que atividade, lugar ou forma é melhor para seu relaxamento, alguns gostam de música, atividades manuais, leitura, lembre-se que deve ser algo que te deixe distante da rotina do dia-a-dia.
  • Busque um equilíbrio emocional, através de autoconhecimento e de atitudes positivas diante da vida, converse com as pessoas ao invés de brigar. Pessoas competitivas demais, que fazem várias coisas ao mesmo tempo, sem ter tempo para relaxar, são mais propensas ao estresse e consequentemente ao desenvolvimento de hipertensão.

Assim para manter sua pressão sobre controle, além de ter um acompanhamento médico e tomar seus medicamentos regularmente, também tenha atitudes positivas e mecanismos de relaxamento regularmente.

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