Na matéria publicada pelo jornal O Tempo de Contagem / MG, Jennifer Nogueira, Psicóloga da Clínica Coração Vivo e Diretora Executiva do Departamento de Psicologia da SOCESP fez observações sobre a pesquisa realizada pela psicanalista Suzana Avezum que relaciona dificuldade de perdoar à casos de Infarto Agudo do Miocárdio.

A pesquisa foi apresentada no 40º Congresso da SOCESP / 2019 e contou com 2 questionários aplicados em 130 pacientes, divididos em 2 grupos: um de pessoas que haviam sofrido infarto agudo do miocárdio e outro com pessoas que não. Como resultado a pesquisadora observou que havia uma tendência maior de não perdoar quem lhes causava mágoas entre os pacientes que sofreram infarto.

Leia o trecho da entrevista de Jennifer Nogueira no site do jornal O Tempo de Contagem / MG:

O trabalho apresentado pela psicanalista é importante por trazer, por meio do universo pesquisado, mais dados à luz, endossando percepções que a psicologia já afere no dia a dia. “No geral, fico muito feliz pela contribuição da ciência psicológica para a população”, diz. Mas Jennifer salienta que a dificuldade em conceder perdão, assim como qualquer outro fator de risco cardiovascular, não impacta a saúde de uma hora para outra. “Vai se acumulando com o tempo, sobrecarregando o coração com a elevação de taxas de glicose, cortisol e colesterol, por exemplo. Aliado a outros fatores de risco, leva a um quadro propício ao adoecimento”, pontua.
E acrescenta que, mesmo se a mágoa, a raiva e o rancor geram um quadro que deixa o processo de perdão intrincado, não o inviabilizam de todo. “O perdão acontece com amor e compaixão”, frisa.

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